novembro 14, 2006

Infiltra aqui, rapaz!

Depois de milanos fui ao cinema. Tudo bem que eu ando uma rata de DVD, mas sinto falta de um cineminha, da telona, dos atores assim bem grandes na minha frente, do escurinho, de tudo que remete ao ritual de ir ao cinema. Fui ver Os Infiltrados. E fica aqui a pergunta: não tinham um título pior?

Os Infiltrados remete ao que, pelo amor de Deus? A pessoas que fizeram infilitração? Pessoas com infiltração em casa?

Claro que o nome do filme é condizente com a história, mas vejam .. nossa língua portuguesa é tão rica e há palavras tão mais interessantes ...

Mas isso não vem ao caso. Mais um filme de Martins Scorscece e, ao que parece, eu vou morrer sem saber escrever o nome dele da maneira correta. Todo mundo sabe que eu AMO o Martin, certo? E vou chama-lo de Martin porque acho que na vida a gente tem que ser humilde e saber admitir que não consegue escrever certo o nome de uma pessoa.

Então .... rock pesado dos anos 70, Rolling Stones, um puta jogo de luz no Jack Nicholson, que combinemos, está mais Nicholson do que nunca.

Há atores que sei lá... com o passar dos anos e a insistência de certos papéis acabam ficando iguais. Deixando claro que nunca vou achar o Jack (opção pelos nomes mais fáceis) um ator ruim. Não tô louca. Mas é como o Lima Duarte nas novelas. A primeira vez que ele fez um coronel má bastou para que todos os outros fossem uma mera variação de figurino e sotaques.

A mesma coisa com Jack. Sempre the bad guy, the crazy one. E fico com a sensação de tê-lo visto assim outras vezes. Boa surpresa, na minha opinião, é o Leo Di Caprio. Está excelente no papel. Assim como o Matt Damon.

Engraçado ver o Matt Damon e o Mark Wahlberg no mesmo filme porque houve um momento em que achei que eles eram a mesma pessoa.


Ilustrei bem o meu ponto de vista?

O filme tem um roteiro de primeiro que te deixa tenso do início ao fim. Eu ficava o tempo inteiro querendo saber como os personagens iam se safar daquela encrenca.

E digo mais: Boston, eu? Nem pensar. Sou mais o Rio de Janeiro.

Fazendo agora um estudo antropológico do filme, vale notar que o crime organizado americano sempre passa por estrangeiros. Nunca por americanos wasp. Os bandidos são sempre italianos, irlandeses, chineses, japoneses, russos. E como eles brigam por causa disso, hein? Um país que cresceu e se sustentou com base na força de trabalho imigrante ... que contradição.

É um filme sobre lealdade, confiança. Um filme que nos mostra que na hora H, amigo, cada um por si.

5 comentários:

tunics disse...

tava falando disso outro dia, como eles reclamam tanto dos imigrantes que foram lá e fizeram o país. ainda nem vi o filme, mas olhei o cartaz e pensei: quanto menino bunitinho, hein? parece que olhou um catálogo o martin (nenhuma possibilidade de falar o sobrenome dele).

Anônimo disse...

Por coincidência, vi o filme no mesmo dia em que li o seu post e concordo com vc:

- Jack Nicholson, "bad-crazy guy" as usual.
- Matt Damon e Mark Wahlberg são a mesma pessoa!
- Decididamente, Boston não é meu sonho de consumo...

Bjs

Anônimo disse...

Assim: algumas considerações...

Há séculos o Scorcese (ese é o nome) vem fazendo filmes mto bons (Gangues de Nova York, Aviadors...Só pra citar os mais recentes)...Acho que dessa vez ela vai emplacar o douradinho...A história vai de uma surpresa à outra mto rápido, que faz com que o filme não se torne chato...

Há milênios Jack vem fazendo o papel de Nicholson, com mta galhardia (o que não é demérito algum), mas esse é um dos melhores papéis dele...

Di Caprio? Esse é um caso à parte...Sempre o achei um bom ator discriminado por ter uma "carinha bonita" (assim como, pasme, Tom Cruise - assista "Magnólia")

Qto a Matt Damon e o Mark Wahlberg, bem...São a mesma pessoa né??? rsrsrs

Bjz...

Andrea disse...

Também vi. Quase concordo com Claudio. Minhas considerações aqui:

http://vida-propria.blogspot.com/2006/11/do-i-smell-oscar.html

Bjs

Anônimo disse...

Primeira vez que venho neste blog da amiga da Roberta. Pelo visto também é doida de pedra.
Apesar de apreço cultural muito baixo, tenho uma análise daquele filme de modismo conteporâneo do "Velozes e Furiosos" filmado em tóquio - japão, onde, claro que sempre é assim, nos chega um americano que não saca nada de japonês, já é matriculado facilmente numa escola secundarista, já de cara vai ganhando a menina nota 10 dos caras do pedaço, e depois com pouco aprendizado já bate o algoz no final do filme, que representava aqueles carros japoneses bem avançados, velozes e inteligentes, com um mero produto americano, ford mustang, modelo antigo, para dar um gostinho da superioridade deles. É muita arrogância!