agosto 07, 2006

Por onde andei - Parte ? (Perdi a conta)

Pulei da cama às 7h30 e às 8h já estava na portaria. Quando se está muito cansado é melhor fazer as coisas em ritmo rápido para que o tempo ocioso não mate a gente. Até outubro o tempo urge. Rumo à Petrópolis. Ótima estrada. Clima de montanha. Garota esperta que sou, levei casaco. Muitas barracas ao longo da estrada. Não se pode tratar assim um ponto turístico importante. Nossas belezas largadas aos ambulantes como tudo neste país. Passamos da cidade imperial e o visual impressiona. No MP3 Player fui de "Refazenda" de Gilberto Gil. Não combinou muito com a paisagem. Escolhi mal dessa vez.

Céu azul, lindo. Pena que a paisagem anda seca. O marrom claro das montanhas não tava dando linga, entende. Até Juiz de Fora a estrada é um tapete colossal. Pelo preço do pedágio tinha que ter garçom no acostamento. O destino era Rio das Flores. Um lugar que eu não sabia que existia mas que me surpreendeu pela beleza.

Nesse corre-corre do dia-a-dia a gente esquece que logo ali pertinho há aquela pracinha, aquele capiau mascando uma palha, meio que apreciando o tempo passar. Nem sei pra onde a gente vai. Os lugares meio que se descaracterizam e a gente fica sem a noção de tempo e espaço. Pode ser Rio, como pode ser Minas, como poder ser qualquer lugar.

Na entrada para Rio das Flores uma paisagem deslumbrante digna da minha querida Nova Zelândia. Rio, pedras, quedas d'água. Ali pratica-se rafting. E pelo aperto do tempo não poderia parar para apreciar aquela moldura. Ouvia Lenine e tudo pareceu se encaixar melhor.

Pela Rio-Juiz de Fora, Rio das Flores inicia o Vale do Café onde aqui no Rio encontram-se as fazendas que na época do ciclo do café deixaram bem ricos os produtores locais. As cidades que antecedem Rio das Flores parecem saídas do Projac, tamanha perfeição e pequenez. Entramos em três delas e se no máximo vi dez pessoas foi muito. O rio ia margeando a estrada, ora boa, ora ruim. As fazendas, algumas abandonadas, completavam a paisagem junto com vacas, bois e uma árvore meio contorcida que fazia uma espécie de corredor na estrada. Lindo mesmo.

Rio das Flores nos recebeu com sol a pino e pão de queijo frio. Mas a praça da cidade é uma graça! E tem no ar aquele sotaque mineiro divertido. Quero muito voltar lá. De lá para Valença. Um pulo. Cidade bucólica também. Já grande, mas bucólica. Outras fazendas na região, essas agora mais bem cuidadas. O rio sumiu, o que deixou a paisagem mais sem graça.

Em Valença veio nos recepcionar o doido local. O doido local sempre se mostra presente. Conheço os doidos locais de Paracambi, Valença e São João de Meriti. Parecem os pipoqueiros: sempre sabem onde encontrar gente. O doido de Valença, graças ao céu, era tranquilo e se comportou. De Valença para Vassouras. Estrada mais ou menos. Paisagem árida. Fui de Maria Bethânia e não combinou.

Ah! Esqueci de contar que em Rio das Flores, na estrada tinha um bêbado acho que fazendo seu jogging matinal. Doidos e bêbados cheiram os visitantes. Sempre aparecem. Novas fazendas em Vassouras. Faltou o ar bucólico na estrada.

Vassouras têm prédios lindos. Ou melhor ... construções antigas muito bem conservadas. Pausa para o almoço. Vassouras é cidade universitária e, salvo engano, bomba por lá os cursos ligados à área da saúde. Não é estranho então o fato de todo mundo andar de branco.

Ah! Comi uma empada maravilhosa no Bar do Arnaldo (acho que é esse o nome). Muito boa! Grande, macia, delícia. Devia ter comprado e trazido para o Rio. Paguei R$ 6 no almoço no quilo e desci. Passamos por Mendes (uma serra complicada) e Paulo de Frontin (tem um pórtico horroroso). Mas antes de chegar aos municípios maiores passamos por vilas e vilarejos, cidadezinhas de cinema, com pracinha, coreto, igreja e linha do trem. Não decorei os nomes, mas se olhar no mapa eu lembro.

Até chegar a Dutra, Paracambi. Ontem já tinha passado o dia em Paracambi. Já posso me considerar local, né? Paracambi é assim ... não sei dizer. Mas tem rafting por lá também. E muito sorvete. Sempre tem alguém vendendo sorvete. O maluco de lá conheci ontem. Hoje ele não apareceu. Na verdade foram dois. Porque sempre tem um maluco dando pinta por aí.

2 comentários:

B. disse...

Minha mãe é de Paulo de Frontin e concordo com vc: o portal é meio estranho. Já Paracambi é meio perigoso, pq o lugaar onde o pessoal anda fazendo rafting tem alta incidência de esquistossomose. Acho que o nome é Cascatinha, se não me engano.

Anônimo disse...

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