outubro 06, 2003

Voltando aos chefes

O assunto chefe rendeu comentários por aqui. Este mesmo assunto me fez refletir um pouco sobre essa posição e suas implicações. Lembrando dos meus chefes, tive do mais filho da puta ao mais imbecil. Com todos aprendi um pouco. Pensando mais fiquei fazendo analogias .. chefes e mães são todos iguais. Um dia sua mãe já foi filha, já passou por tudo que você passou, já aprontou tudo que você aprontou. Mas aí ela fica grávida, te põe no mundo e muda tudo. Chefes são iguais. Eles já foram como você, mas esquecem. Simplesmente esquecem e aí, meus amigos, haja pergunta estúpida, haja cu apertado, haja omissão, haja tudo.

Que processo estranho. Sei de uma coisa: prefiro os chefes filhos da puta aos omissos. Omissos me irritam. Finjem que tá tudo bem e tá tudo uma merda. Sabem que tá tudo uma merda, sabem mesmo, mas não ligam, não querem saber. Não tão nem aí. Mas cobram.

Desse eu não gosto. Um estilo Poliana, o mundo é belo, você vai me dar razão, tenho mais experiência que você. Alô!!! Nada disso. Sentar, conversar, sem tom de professor, sem autoridades. Gosto assim. Assim só tive Orlandão. Apesar de louco, Orlandão era um puta chefe. Conversava, discutia, perguntava, ensinava. O cara era muito gente boa e com ele aprendi em seis meses o que quatro anos de faculdade não me deram.

Mas é assim mesmo. A gente tem que viver com eles e as vezes, quando eles estão especialmente idiotas, a gente esbraveja. Espero que isso não aconteça comigo. Quando eu for chefe, espero lembrar dos meus tempos de bugre e sempre tratar com respeito meus colegas e subordinados.

Breve história de Orlandão: muito tenso, achando que ia morrer, separando da mulher, Orlandão foi ao médico. O doutor receitou calmantes, melhor alimentação, mais horas de sono.

Conto na volta. Agora tenho que sair.

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