setembro 15, 2009

Gastronomia infantil

Já que eu tô por aqui, vou abrir logo meu saco de maldades e destilar toda a rabugice que me é peculiar. Porque eu ando que mal me aguento. Não sei se vim de outro mundo ou se simplesmente estou cercada de gente esquisita o tempo todo. Talvez eu seja esquisita e o resto dos mortais muy normais. Fato é que semana passada quase cometi um homicídio. Ou melhor, vários. Mas como Deus é justo e fiel, não trabalho com armas de fogo.

Acabo de lembrar de minha amiga Valéria Motta. Dizia ela, com muita sabedoria, que medimos o grau de maturidade de um homem vendo o que ele come. Na época, tínhamos um amigo em comum que apesar dos cabelos brancos e da idade avançada, sentia imensos prazeres com derivativos de Crush e outras comidinhas típicas de criança.

Achei a teoria engraçada porque, prestando atenção ao vasto cotidiano, de fato percebi que o sexo masculino é muito mais apegado as lembranças gastronômicas infantis que nós, mulheres, sempre preocupadas em perder peso, perder celulite, perder tudo.

Anos e anos nessa indústria vital eis que o destino coloca diante de mim mais uma espécie macho-alfa um tanto quanto metido a nerd de hábito gastronômicos peculiares. Sim, eu sei. Uma moça tão atarefada como eu não deveria gastar tempo prestando atenção nisso. Mas eu presto, fazer o que. Entre biscoitos recheados e achocolatados mil percebi que minha amiga Valéria tem mesmo razão. Se eu fosse matemática, diria que a maturidade (m) é inversamente proporcional ao que se come (c). Ou seja, paqueras no supermercado merecem atenção redobrada. Fujam dos carrinhos lotados de comidas infantis, ainda mais se o rapaz em questão não tiver filhos.

Talvez esse post devesse ir para o HTP, mas para o picadeiro reservarei observações mais aguçadas e divertidas. Aqui destilo mesmo esse mal humor que anda grudado em mim.

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