A long time ago in a galaxy far, far away eu fui roteirista. E gostava muito dessa vida. E diziam que eu era até boa. Mas aí eu tive que ganhar $$. Vocês sabem: money makes the world go around. Mas antes de virar "xornalista" de verdade, um dos últimos cursos que fiz "enquanto screenwriter" foi com Leopoldo Serran. Na época, devido ao sucesso do filme "O Quatrilho", Serran era o mestre dos magos para os roteiristas brasileiros, que babavam Syd Field pelos poros. Eu e minha amiga Valéria, hoje roteirista de sucesso, nos matriculamos e fizemos um curso com Serran na PUC.
Foi uma experiência e tanto. Lembro que analisamos um filme que eu gosto muito, onde o Al Pacino é um policial, que se envolve com uma mulher, que ele acha ser a assassina de uns caras. Salvo engano, chama "Sea of Love". Serran me ensinou algo que agora pode parecer óbvio: todo filme versa sobre um sentimento macro. No caso deste, era solidão. Pacino era um solitário. Os caras que morriam também. Eas mulheres, que era prostitutas, mais ainda.
Serran não trabalhava com clichês ou fórmulas mágicas. Era o cara da história, do sentimento, daquilo que não está dito ou escrito. Daquilo que se entende de um filme, de onde ele nos toca.
Acabei de ler no Globo que Serran morreu.
E estou triste por isso.
agosto 20, 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário