março 27, 2007

O colar ortopédico

Ruth deixou um novo comentário sobre a sua postagem "Praia, a versão definitiva":

Ameei, ameeei mesmo esse post... Até perdi meu eterno medo dos 30 (que de alguma forma bizarra eu tenho desde os 15). Muito obrigado.

Ruth, Ruth .. medo dos 30?

Se eu soubesse que fazer 30 era assim ... bom .. teria feito antes. O post da praia fez sucesso. Acho que pela falta de pudor com que tratei do tema. Afinal, amigos, quem tem 30 tem pressa. O lema é a prática do desapego. Não podemos mais perder oportunidades porque não depilamos, não escovamos os dentes, porque não devemos ligar no dia seguinte, porque não podemos ser ousadas, porque, porque, porque, porque ...

Primeiro porque é uma palavra que não existe. É um lugar distante e longe de tudo e de todos. Está com vontade, honey, do it. Como no comercial da Nike.

Eu entrei aqui no blog umas dez vezes para escrever sobre minha ida uma boite na na noite de sábado e fico bostejando aqui sobre o nada tal e qual Seinfeld (quem me dera...). Minha ida a boite valeu por ter visto uma malandro bem sentadinho na minha frente usando - believe - colar ortopédico. Guerreiro o bruto. Ou maluco. Ver o malandro conversar, fumar e beber, duro como se tivesse engolido um cabo de vassoura valeu a minha noite. Porque fiquei pensando no custo benefício daquela saída. Tudo bem .. o cara podia estar se recuperando de um acidente que o deixou meses há fio em casa. Estava com tanta vontade de ver gente, ouvir música, beber e paquerar que não aguentou e se mandou para a rua. Ainda assim, a cena era ridícula.

Porque para beber ele tinha que virar quase todo o corpo para trás e para fumar - coisa que ele não sabia fazer - tinha que botar o cigarro de jeito que não encostasse no colar e ele não enxergava .. é uam cena quase indescritível. Mas pior mesmo foi quando o vi beijando uma menina. Porque não sei se ele chegou com ela ou se pegou a garota. Se pegou, amigão .. parabéns. Super guerreiro. Juro, juro que eu tentei não olhar, mas eu estava muito hipnotizada com a cena.

Espero que o Pai Eterno não me castigue ...

Um comentário:

Anônimo disse...

estava presente... a cena foi bizarra!!!