abril 28, 2006

Enquanto isso nos coletivos da cidade

Bem que o dia hoje podia passar rapidinho, rapidinho. Estou praticamente em câmera lenta.

Mas vamos lá .. nada como blogar para espantar os piores demônios (quanto exagero!).

Minha amiga Robertinha, que por sinal está com histórias fantásticas em seu blog, leva a vida com a máxima O Mundo É Estranho. E, de fato, o mundo anda muito estranho, cada vez mais estranho.

Pois bem .. peguei o 464 para vir ao trabalho. Tava lá no meu cantinho, curtindo a vista. Na cadeira ao lado estava um senhor dos seus 50 anos, boné branco, camisa polo branca, havaiana e bermuda preta. Ele tinha cara de mestre de obra. Tava meio sujo assim de poeira, tipo .. "acabei de sair da obra e tô indo comprar material". Reparei no bruto porque ele começou a batucar na perna e a fazer um barulho chatinho, chatinho. Mas como eu estava praticamente sonada por conta do remédio, nem dei muita bola. Eis que ali na altura da General Osório eu começo a ouvir uma cantoria no ônibus. E olha que era uma voz boa .. afinada .. parecia voz de mulher .. aí eu olhei para a moça que tava na frente do cara e ela tava calada ... e eu só ouvindo ... "o telefone que toca/eu digo alô sem resposta ..."

Roupa Nova, né?

Aí veio a empolgação .. "Eu te amo eu vou gritar pra todo mundo ouvir!"

Gente ... era o cara. É. O mestre de obra. Ele tava cantando. E alto. E bem. Aí eu pensei. Porra .. só falta o cara pedir dinheiro. Que nada. Ele levantou para descer e continuou cantando. Numa boa.

É ... o mundo é estranho mesmo.

Sabe que essas pessoas que cantam em público devia levar uma surra. A moça do elevador aqui do prédio canta músicas evangélicas. Não importa o número de pessoas que entram no elevador. Acho isso uma falta de educação. Tipo .. não quero te ouvir cantando, entende?

Enfim .. o mestre de obras foi uma grande surpresa. Super afinado, ótimo vocal, acho até que ele deveria ir para um show de calouros, algo do gênero.

Outra de ônibus ...

Peguei o 474 na terça à noite. Passagem: R$ 1,90. Dei R$ 2,00. Aí o trocador vira pra mim e diz: "vai saltar onde? ". Tipo assim ... não tem troco?

Respondi: "Em Copacabana".

E ele .. "Ah tá .."

Por que diabos eu respondi??

3 comentários:

Anônimo disse...

hahaha.. isso me lembrou uma vez em que peguei o 455 ali junto ao Pinel... aff... entrei no ônibus, paguei a passagem e mal havia acabado de me acomodar em uma cadeira lá pelo meio do ônibus, um coroa sentado junto a trocadora começa a cantar umas músicas do tempo do onça. Mas o pior não era isso. O pior é que ele parecia ter mais alcool correndo nas veias do que sangue e era desafinado que nem o cão! Aff... e a pobre da trocadora o tempo todo implorava pra ele ficar quietinho. E ele nem dava bola, pelo contrário, começava a cantar especialmente para a trocadora. Ela, vencida, baixava a cabeça e tentava abstrair. O bebum não se dava por vencido. Cutucava a cobradora e continuava soltando seus urros pra cima da pobre. Aff... tem emprego que é phoda!

Anônimo disse...

hahaha.. isso me lembrou uma vez em que peguei o 455 ali junto ao Pinel... aff... entrei no ônibus, paguei a passagem e mal havia acabado de me acomodar em uma cadeira lá pelo meio do ônibus, um coroa sentado junto a trocadora começa a cantar umas músicas do tempo do onça. Mas o pior não era isso. O pior é que ele parecia ter mais alcool correndo nas veias do que sangue e era desafinado que nem o cão! Aff... e a pobre da trocadora o tempo todo implorava pra ele ficar quietinho. E ele nem dava bola, pelo contrário, começava a cantar especialmente para a trocadora. Ela, vencida, baixava a cabeça e tentava abstrair. O bebum não se dava por vencido. Cutucava a cobradora e continuava soltando seus urros pra cima da pobre. Aff... tem emprego que é phoda!

flavita disse...
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