setembro 18, 2003

Hoje vou escrever pra você. Portanto leia com atenção e calma. Absorva as palavras. As meias palavras, os textos e subtextos. Vejo Neruda na televisão. Lembro-me do filme "Il Postino". Lembro também que chorei horrores. E nem sei porque lembro de tudo isso, se justo agora quero falar coisas profundas e bonitas. Talvez seja a metáfora. O carteiro, o poeta .. o significado das coisas.

Contento-me a dizer o que sinto. E talvez assim, fique mais próxima a Neruda. Pois tirando a poesia, somos todos iguais a Neruda. Somos todos iguais a todos.

Estou divagando. Mas não quero ser de outro jeito. Pelo menos hoje. Acho mesmo que nunca fui. Ando em estado de graça e seria sem graça ser tão direta. Vou divagar e devagar. Vamos falar de Neruda.

PEQUEÑA
rosa,
rosa pequeña,
a veces,
diminuta y desnuda,
parece
que en una mano mía
cabes,
que así voy a cerrarte
y a llevarte a mi boca


E eis que alguém com pressa interrompe minha divagação. Vou trabalhar, mas volto.

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