agosto 21, 2003

É uma merda, mas é bom

Sempre que o complexo terceiro-mundista bater na gente, comum em nós brasileiros, lembremos sempre que a eleição para o governo da Califórnia tem Schwarzenegger e uma atriz pornô como candidatos. Pois é. Nosso país é chei de erros e distorções, mas nem sempre o olhar para fora é a melhor maneira de acharmos bons exemplos. Não há lugar perfeito. Não há. O blecaute em Nova Iorque foi patético e a morte do embaixador Vieira de Mello mostra o quantos os Estados Unidos estão perdidos na questão do Iraque. Bush ganhou a presidência fraudando a eleição e 5000 mil pessoas morreram de calor no verão francês. Mazelas à torto e a direito. Longe do Brasil ser o país dos sonhos, mas temos também coisas boas.

O Rio quer sediar as Olimpíadas de 2012 e muita gente acha graça e crê que é um sonho impossível. Nem tanto. Vejamos. O Rio concorrer com Paris (os jogos são no verão .. quantos vão morrer?), Nova Iorque (no escuro?), Londres, Madri, Havana (lembram dos fuzilamentos?) e Leipzig e Moscou (dois atentados nos últimos dois meses). Pois bem. Parece difícil, mas não é. Somos um país pobre, mas participativo e com experiência em grandes eventos de sucesso. Lembram do Rock in Rio? Então meus amigos, vamos olhar para frente. Em tempos de contrapartidas sociais, pensemos em quantos empregos esses eventos vão gerar. E é claro, quantos jogos sensacionais eu poderei ver.

Enchente no deserto? Vi agora na televisão. Loucura, loucura, loucura.

E o Brasil no basquete? Bando de amarelões. Não esperava que eles ganhassem o jogo, mas podiam ao menos (no segundo tempo) suar mais a camisa e parar de ficar babando os caras.

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