maio 19, 2003

Entre Estácio e Kubanacan

Kubanacan é uma luz no final desse longo túnel que se enfiou a teledramaturgia nacional. Tudo bem. É novela do Carlos Lombardi: diálogos clichês, falados a 100km por minutos, peitos nus a torto e a direito e um machão que dá porrada em todo mundo. Ainda assim e apesar de tudo isso é uma sátira bem humorada dessa selva chamada Brasil.

Falando em Brasil, o "servisso de intelijenssia" da nossa "poliça", conseguiu confundir três vassouras com três fuzis. Estamos falando dessa bala perdida na Estácio que a cada dia se revela quase uma novela de Janete Clair. Bala perdida vinda do morro? Traficantes invadindo a Estácio? Faxineiro maluco? PM enlouquecido?

Nada mais, nada menos, que alguém vendendo droga lá dentro. Fiz um curso na Está há três anos. O esquema lá é pesado. Um clima péssimo, um lugar super barra pesada. Agora, meus amigos, os alunos querem enfiar o nariz na jaca e não sofrer nada. Aó fica complicado. Pobre da moça que tá pagando o pato dos outros.

Voltando ao faxineiro, a repórter da Globo pergunta.

- Mas se o senhor é só o faxineiro da faculdade o que carregava naquela hora?
- (pausa incrédula) Vassouras?

Jesus, Maria, José. Esse Rio de Janeiro é um caso perdido.

Nenhum comentário: