fevereiro 28, 2003

E hoje no Rio de Janeiro ...

Nosso governador, Fernando Beira Mar, transferiu seu escritório para o interior de São Paulo. Dizem os jornais que ele está chateado. Quer visitas íntimas, comida de restaurante, lap top, TV. Pô, ele tá perdendo o BBB!

Só em um país como o Brasil um cara como Fernando Beira Mar, traficante de armas e drogas, ganga destaque nas capas de todos os jornais. E só no Rio de Janeiro, a terra de Malrboro tupiniquim, encontram um lap top dentro de uma penitenciária de segurança máxima. Da mesma maneira como a miséria tem raízes (e muitas) na corrupção, a bandidagem cresce porque compra juízes, político e policiais corruptos. A solução para a violência carioca pode estar na contratação do ex-prefeito Rudolf Giuliani como secretário de segurança. Sua tolerância zero seria muito pertinente nessa terra sem lei.

Sou partidária da tolerância zero. Só tem pena de bandido quem nunca teve uma arma apontada na testa. Não defendo bandido. Para mim, só servem mortos ou trabalhando. No Japão eles trabalham para pagar a própria fiança. Nos EUA ficam incomunicáveis de fato e direito. Nada de regalias.

A violência carioca é filha da pouca vontade política, da corrupção, do vício, da pobreza. Culpados há muitos e soluções também.

Todos quiseram aparecer nos créditos da prisão de Dom Fernando. Quando ele virou problema, ninguém o quer. Fernandinho bom é Fernandinho morto. Na época da ditadura, qual guerrilheiro voltava vivo para contar história? Che foi morto; Lamarca foi morto; do Araguaia só sobrou o Genoíno. Tivessem matado Dom Fernando na selva colombiana, fotografava-se o corpo.

E hoje, todos dormiriam em paz.

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