maio 09, 2006

Antes da novela ... II

Antes de degustar o bacalhau do Nova Capela, passei a noite de sábado bailando no Cabaré Kalesa. O Cabaré Kalesa é um inferninho da Praça Mauá que lá pelos idos dos anos 90 ficou fashion. Justamente quando inventaram o termo fashion. Fui lá, ainda naquela época, algumas vezes. Lembro do histórico aniversário de Flávia Franco, onde todas nós ? sem exceção ? enlouquecidas de sei lá o que, aprontamos horrores. Já tínhamos mais de 18 anos, mas Fabi foi barrada porque usava aparelho. E andava sem identidade. Meu pai estava junto. Juro. Nem ele salvou pobre Fabi que retornou ao lar. Pois bem .. em certo momento achamos que a stripper era a Marcinha. E parecia a Marcinha. Uma noite memorável.

Volto ao Kalesa agora com novos amigos (com exceção de Robertinha) e eis que comprovo minha teoria de que com o tempo algumas coisas só pioram .. cadê os modernos? Sumiram ou foram para a Fosfobox. Não me agrada lugares onde todo mundo é bunitinho, veste roupinha da moda e cheira a talco. Não nasci para isso. Mas ora bolas .. era aniversário de uma amiga e vamos lá .. sou acima de tudo uma pessoa despreendida.

Rumei ao Kalesa imaginando que jeejay Januário depois de longo e tenebrosos inverno tivesse ao menos sacado novas músicas em seu repertório. Bullshit. Parecia que eu tinha ido a Matriz na noite anterior. Santa paciência, diria Robin. Depois do vídeo de Thriller (datado porque ninguém guenta mais achar legal essa onda anos 80), rolou um bundalelê que foi o ponto alto (ou melhor, duro da noite). Sobem ao palco um macho e uma fêmea. O macho de marinheiro e a fêmea com um trapo qualquer. Dos poucos nus masculinos em boite que vi na vida, o falo em si nunca era mostrado. Pois bem, era. Porque agora mostram tudo e mais um pouco. O cara deu show. Dançava melhor, era mais fortinho e tinha um órgão sexual bem grandinho. Mas nada absurdo. Enfim, durou pouco e voltamos ao sacolejo habitual, bruscamente interrompido por um bailinho de carnaval de última. Carnaval já passou, usemos a criatividade, ok? Até aí noves fora, fui pagar, enfrentando uma fila imensa, nervos à flor da pele e eu lá na maior paciência. Até que uma lambisgóia ousa me cutucar e dizer na minha fuça que eu tinha furado a fila. Depois de meia dúzia de impropérios, via a bruta comentar com o namorado que não ia discutir comigo porque eu estava bêbada. Sorte a dela que eu não estava. Em estando, a teria feito engulir a lata que estava na minha mão.

Noves fora mesmo: o Kalesa precisa comer muito arroz e feijão para voltar aos seus velhos tempos de glória. Falta segurança, a cerveja é quente, os funcionários são estressadinhos, a fila para pagar é uma zona e, sinceramente, pagar uma grana de táxi para ir até lá se aborrecer é demais.

Kalesa, não recomendo e não vou.

6 comentários:

Brau disse...

102 linhas de 'HAHAHAHAHA..."

Dei uma boooooooa lida no seu blog e a-do-rei. Essa novela está óooteeemaaaa.

E eu, sem idéia nenhuma pra postar mesmo depois de 1 semana ausente. Hmpf. Saco.

Beijo.

Anônimo disse...

A gente devia ter juntado aquela vaca.

Anônimo disse...

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