maio 01, 2003

Saudades televisivas

Depois de quase duas horas correndo atrás de uma bola, corro para debaixo de uma ducha que quando bate na cabeça só falta afundar o cérebro. Apesar da água geládíssima foi um banho e tanto. Dizem que água gelada deixa a pele mais durinha. Portanto, devo estar uma pedra depois daquela ducha.

Tudo isso aconteceu ontem à noite no Clube 17, vulgo Clube dos Macacos, no Horto, local onde pratico a saudável atividade esportiva denominada futebol. Apesar da intensa dor no meu joelho, é bom pra caramba. E sempre muito divertido porque as meninas são bem engraçadas.

Antes de tudo isso acontecer, passei a tarde descansando porque ando trabalhando muito. Não faço mais nada a não ser labutar e não gosto quando a vida toma esse rumo. Fico cansada e de extremo mal humor. Enfim, vida que segue.

Ontem à tarde, horas de descanso, revi um seriado que eu adorava. "Wiseguy", vulgo "Homem da Máfia". Para quem não lembra a história: Vinnie é um agente do FBI infiltrado na máfia. Era um seriado dramático, violento (para a época, ok?), cheio de nuances psicológicas, blá, blá. Eu não perdia um capítulo. O ator Ken Wahl, meio gordito, virou símbolo sexual na época. Tinha belos olhos azuis, uma voz poderosa, mas depois desandou a comer e caiu no esquecimento. Não me lembro como o seriado termina. Ele vai ganhando a confiança dos chefões até quase virar um. Era um bom seriado. Matei saudades. Logo depois pulei de canal e vi mais um capítulo atrasado de "Providence". Não sei o que acontece mas sempre vejo os mesmos episódios. Tudo gira em torno do tiro que o pai da doutora levou enquanto passeava com o cachorro. Não consigo sair disso!

"Providence" é uma coisa meio Manoel Carlos, com absurdos diferentes. Falando nele, "Mulheres Apaixonadas" continua me surpreendendo. É cada cena. A Suzana Vieira, coitada, depois de tantos anos de carreira podia se livrar dessa humilhação. Quando ela começa a falar das viagens que fez com a filha parece uma dessas agentes de viagem querendo empurrar uma passagem na gente. Coisa chata! São cenas e cenas sobre o nada. Cenas sem sentido, sem graça e sem sexo. Ok, novela é dramaturgia, é ficção, mas vamos lá: um pouco de coerência não faz mal a ninguém!

Nenhum comentário: