maio 02, 2003

Abusando dos clichês

Chove horrores no Rio de Janeiro. Acordei com a chuva batendo forte na janela. Achei que era sonho. Quando fazia análise sempre procurava lembrar dos meus sonhos para contar para a minha analista. Nunca lembrava. Memória nunca foi meu forte. Minha irmão, ao contrário, lembra de cada coisa. Outro dia, enquanto almoçávamos no Braseiro, ela lembrou o nome do caseiro da casa de Teresópolis.

Zé Coruja!

Segundo minha mãe, Zé Coruja não tomava banho. Depois que a minha irmã falou o nome dele, lembrei da figura. Um Zé ruela qualquer. Conversamos horas sobre a casa de Teresópolis. Foi uma época boa da minha infância. Adorava ir para lá. Fazíamos churrasco, fondue, jogávamos bola .. nostalgia mil, não?

Era um tempo bom. Depois a gente cresce e tudo fica uma merda. Problemas, contas, dívidas. Quando a gente é criança, é feliz e não sabe. Fica doido para crescer. Quando cresce, fica doida para ser criança.

O ser humano é um eterno insatisfeito.

Nenhum comentário: