abril 15, 2003

Sucos e bizarrices

Fui tomar uma média numa lanchonete no Centro da cidade. Gosto de tomar café na rua. Pão na chapa que se preze tem que ser de lanchonete. Em casa nunca fica igual. É a mesma coisa com suco. O que eu faço em casa sempre fica ralo. O Rio é uma cidade boa quando o assunto é suco. Em cada esquina sempre há uma lojinha vendendo um bom suco. Perto da minha casa, na Miguel Lemos, a Kicê Sucos é mestre no abacaxi com hortelã. Recomendo o de morango da Matte na Pressão próximo ao Teleporto.

Estava eu lá bebendo minha média quentinha, gostosinha, quando de repente a garçonete vira pra mim e dispara:

- Em que botequim você passou a noite para estar com essa cara de ressaca?

Eu não respondi de primeira relutando a acreditar que aquela pergunta surreal fosse pra mim. De fato, não era pra mim. A pergunta era pra um bruto que estava atrás da minha pessoa. Porém, a mocinha não olhou direito, sei lá. Sei que eu fiquei olhando pra ela com um cara estranha e ela nem me deu bola.

- Você falou comigo? - perguntei.

Ela só apontou com o queixo para a direção do malandro.

Sei lá ... vai ver que eu estava sonolenta. Mas ela podia ter sido mais explícita, não?

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